18 de maio de 2016

5 sentidos

Me reviro em teu corpo
A manhã surge na janelinha
Mas o sol toma a preguiça
De quem dormiu de cansaço
Desperto sozinha
Te vejo, te cheiro e sorrio
“Bom dia” – Arrepio!
O mate amargo adoça a tarde
Não é o sol - diriam os barrocos -
É a paixão daqui que arde!
Na fração de horizonte
Que os prédios nos deixam ver
Teu beijo me leva pela noite
Tua conversa me leva pela rua
E na cegueira do mundo
E com a alma nua, me vejo ali tão tua
Que não há som
não há luz nem lua
Que não importam os graus
Da distância que nos é nítido
Porque assim, bem de perto,
Sinto que te tenho em sentidos tão certos
Que estremeço

E em cansaço outra vez adormeço.

Nenhum comentário: