15 de janeiro de 2008

O Roliço da Colina

Era uma vez um rapaz um tanto pesadinho e roliço que vivia feliz no alto de uma colina numa casinha de madeira.
Algumas pessoas que são um tanto pesadinhas e roliças não se sentem muito felizes dependendo de como encaram as opiniões da sociedade. Mas este meu personagem pesadinho e roliço era realmente muitíssimo feliz.
Ele saía muito pouco de casa. Na verdade só era visto nos inícios dos meses quando saía para pagar contas e fazer as compras do mês. Ninguém sabe do que ele trabalhava. Alguns diziam que ele gravava programas de humor para algum site na internet, outros diziam que ele tinha uma produção de papel higienico no quintal, outros ainda ousavam dizer que ele tinha mesmo era uma plantação de árvores que davam dinheiro e que ficava "coçando" o dia todo.
Mas fato é que ele sabia o nome de todas as pessoas que moravam pelas redondezas da colina e sempre que os encontrava, os cumprimentava com muito entusiasmo e alegria.
Uma alegria invejável! Tão invejavel que algumas pessoas começaram a querer mal o pobre rapaz. Sem saber de onde vinha tal felicidade e o seu dinheiro, começaram a fazer planos para ver se descobriam alguma coisa.
No início de mês de agosto, lá se foi o rapaz, contentíssimo pagar suas contas, fazer suas compras, etc. Os invejosos ficaram espionando, esperaram o rapaz descer a colina e entraram em sua casa. Para a surpresa de todos, encontraram um dos cômodos forrados de dinheiro de todo o mundo e em valores muito altos e muitos sacos espalhados pelo chão escritos "felicidade", os quais os invejosos abriram e não acharam nada.
Quando o rapaz voltou de suas compras, deparou-se com todos aqueles invejosos tentando arrastar o máximo de dinheiro possível. Alguns afim de fazer comércio, outros afim de ter uma vida melhor... Ofereceu-lhes ajuda pois sabia que não precisaria tanto daquilo e se aquelas pessoas estavam tentando roubar, é porque estavam sentindo falta.
Os invejosos pensaram que o rapaz estava debochando da situação e o empurraram para que rolasse colina a baixo. O moço roliço riu do tamanho esforço que os invejosos faziam e resolveu rolar por conta própria.
E então rolou, rolou, rolou, rolou, rolou de rir colina a baixo. E depois disso ninguém nunca mais o viu.
E os invejosos? Bem, alguns entraram pro ramo do comércio, outros foram embora pro exterior, outros viraram empresários, mas todos eles estão muito ricos até hoje.


Colaborações temáticas: Walt Cancelieri

Um comentário:

Anônimo disse...

me sinto um próprio 'muso'!