13 de fevereiro de 2006

Um Homem e Suas Coisas da Vida

Um homem... Um homem que talvez fosse cego se não gostasse das coisas mais simples do mundo.
Depois de tanto correr, de tanto sofrer e apanhar das suas complicações na vida. Depois de tanta dor e de morrer cada vez mais e mais por futilidades e coisas ruins, este homem, o sí­mples homem, acordou. Acordou e viu o mundo. Viu todo o mau e todo o bem. Viu e percebeu que não percebia e que não sentia, que apenas não sabia de absolutamente nada!
Um homem... Um homem que corria contra o tempo, que saí­a as pressas e nem via, nem vivia, nem sabia o que acontecia.
Um homem, totalmente comum; o homem que, desde pequeno, chorava e sentia toda a tristeza que conseguia, sentia toda a dor que lhe cabia, que cabia em um pequeno coração.
Um homem normal, talvez cego, se não gostasse das coisas mais si­mples do mundo. Que viajava em seus próprios sofrimentos e nos de tudo ao seu redor, que sabia o que era uma vida cheia de amarguras, mas no fundo, não sabia se realmente sabia o que era viver. E então... o que é viver?
Um homem que, depois de tamanho sofrer, começou realmente a viver. E viveu.
Viveu com todo o sorriso que lhe ocupava o rosto afim de esconder as lágrimas de um passado, viveu a calmaria para que não se lembrasse das tempestades terrí­veis que enfrentou um dia. Viveu com toda a força que não tinha, viveu com toda a alegria que, de algum lugar, lhe surgia.
Viveu intensamente por saber que nada sabia.

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