12 de maio de 2007

Sem Título - Bloco de Notas

Eu não tenho certeza se é tudo verdade mesmo mas agora eu penso que eu não queria mais estar brincando disso.
É constrangedor quando a gente se vê mesmo como o estúpido ser humano que é e, de repente, consegue enxergar uma linha na vida escrito "LIMITE". Eu cheguei aí, onde não era pra ser.
Eu tentava arrebentar a tal linha de todas as formas mas em todas elas eu me encontrava limitada demais.
E por quantas e quantas vezes eu pensei "desista! Você não vai conseguir!" e, é lógico, eu desisti.
A tristeza e a dor vão tomando conta de cada pedaço de célula que completa o corpo.
Uma raiva estranha aparece sem motivo e fica ali apertando todas as outras coisas num canto e tomando quase que cem por cento das idéias. Vem, some e deixa um vazio na cabeça.
Daí a gente já não sabe mais, nunca tem certeza absoluta de nada. Anda por aí sem rumo, estraçalhando sentimentos próprios... alheios... próprios...
Não sabe mais sorrir, não sabe mais brincar, não sabe de mais de alegria ou de notícia boa, não sabe mais sonhar, não sabe mais...
Os gritos ecoando na cabeça incomodam demais. E vem uma vontade enorme de chorar o tempo inteiro. Não se sabe se é bom, se é ruim, o que é que é afinal.
Sabe o que eu mais queria agora, de verdade?
Estar com a minha avó pra tomar um chá de laranja bem quentinho que só ela sabe fazer...

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